Antecipar as eleições é o primeiro passo para um bom 2005

Por Adelmar Bittencourt*

Independentemente do que vá acontecer para nós nesse finalzinho de Série B, acho que o nosso presidente deveria antecipar o processo eleitoral do clube. Normalmente o pleito se daria em dezembro, mas esse ano de 2004 foi um fiasco sem precendentes na história do clube, e por isso mesmo as coisas devem ser ajeitadas e planejadas com uma certa antecedência. Ou será que ninguém se tocou que 2005 marcará o nosso centenário?

Realizar as eleições no início de outubro, por exemplo, seria um grande passo. Fosse o caso de Branquinho permanecer no cargo, ótimo. Ele não trabalha sozinho, claro, mas é transparente, honesto, e tem crédito com a torcida. Mas se qualquer um outro assumir, que os demais tenham em mente um detalhe óbvio, mas nem por isso execrável: só com a ajuda de todos é que as coisas andam a contento.

Que os perdedores do pleito deixem de lado a vaidade e se juntem aos vencedores para, em bloco, guiarem os destinos do clube. Sim, pois eu não acredito que esses senhores não estejam vendo que o problema do Sport, atualmente, é aquele mesmo que por tantos anos paralisou – e ainda paralisa – nossos adversários: os desmandos políticos e a eterna guerra de vaidades entre os cartolas.

Eu não prego aqui a famigerada “união”, aquela coisa que – já escrevi anteriormente – não tem nada a ver com democracia. É para bater chapa? Que bata-se chapa então. O problema é exatamente encarar isso como uma vitória pessoal, quando o que está em jogo é a vida de um clube, o objeto de paixão de milhares de pessoas. Do alto de seus carrões e lanchas, caros cartolas, pensem nelas.

Quando 2004 acabar, teremos completado três anos longe da Primeira Divisão – pouco tempo para muitos, mas uma eternidade quando se trata do Sport. E é por isso que a torcida anda tão cabreira. Se não deu para disputar a Série A no ano do centenário, que ele seja o palco de mais um título nacional do Leão: o bicampeonato da Série B. É o mínimo que a massa rubro-negra vai querer.

E cabe a vocês prover a estrutura (jogadores, comissão técnica, etc) para que isso aconteça. Nosso papel é ir à Ilha e apoiar, coisa que já demonstramos ter feito, mesmo ante as piores adversidades.