Robson luta contra ansiedade

Se em todas as equipes pelas quais ele passou o apelido de Robgol fazia jus à sua produção como atacante, não se pode dizer o mesmo do seu rendimento à frente do ataque do Sport. Robson, 34 anos, que chegou como salvador da pátria de uma equipe completamente desprovida de ‘matadores’, já está há 12 jogos como titular e marcou apenas dois gols, um contra o América/RN, na quinta rodada, quando o Sport empatou por 1×1, na Ilha, e outro contra o América Mineiro, na sexta rodada, em novo e´mpate, agora por 2×2, fora de casa.

Caso Robson continue sem fazer gols na partida contra o Joinville, terça-feira, na Ilha do Retiro, ampliará o maior jejum de gols de sua carreira. Esta poderá ser sua nona partida sem balançar a rede do adversário. “A última vez que aconteceu isso comigo foi no Santos, quando passei seis jogos sem marcar, mas agora já está passando da hora e estou trabalhando muito para que o gol saia já na próxima partida”, afirmou Robson, que antes de vir jogar no Leão da Ilha do Retiro defendia o Santos.

Para o atacante, o que está dificultando seu desempenho não é mais a questão de que a bola não está chegando, mas sim sua própria ansiedade. “Se antes reclamava que a bola não chegava, disso não posso falar mais. Ela está chegando e eu não estou conseguindo fazer os gols. Mas esta fase vai acabar. Depois que entrar o primeiro, vai a entrar o resto”, disse, confiante.

Em relação às mudanças de comportamento da equipe após a chegada do técnico Heriberto da Cunha, Robson demonstra satisfação. Ele afirmou que está se sentindo mais tranqüilo para jogar e colocar os companheiros na cara do gol. “Se não estou fazendo gol, pelo menos estou servindo. Mas acho que tudo é mesmo uma questão de sorte, pois já chutei várias bolas na trave. Se isso contasse…”, comentou o rubro-negro, que também desmentiu qualquer desentendimento com o meia Nildo. Chegou-se a especular que eles não trocavam passes.

“A prova é tanta de que isso não existe, que o deixei na cara do gol no último jogo. Infelizmente, ele perdeu a chance”, completou, referindo-se ao jogo contra o Londrina, quando o Sport venceu por 2×0, com dois gols de Ricardinho.

O fato de jogadores como Danilo Santos e Ricardinho entrarem no segundo tempo e resolverem as últimas partidas não incomoda Robgol. Para ele, isso mostra que existe uma disputa sadia dentro do elenco, sem desonestidade. Muito pelo contrário, dá mais estímulo para que ele se esforce mais ainda para jogar bem e principalmente marcar os gols.

“O fato de os garotos marcarem os gols só demonstra que o grupo está cada vez mais forte.”

Sobre a pressão da torcida, Robson acha que é normal.

“Pela situação em que estávamos, nada mais normal do que a torcida protestar, mas nada tenho a reclamar. Até porque tenho certeza de que a Ilha vai lotar na terça-feira e vamos ganhar a terceira partida consecutiva.”