Ói nós aqui travêis

Por Adelmar Bittencourt*

Já deu para perceber que o tal do Leãozinho é um bicho tinhoso de se matar. Que, mesmo cambaleante e esfacelado, vai lá e morde o desavisado, fazendo com que ele tenha um sobressalto. “Ué, essa miséria não tava morta?”.

A vitória contra o Ceará, na última sexta-feira, foi uma prova cabal de que, em se tratando do Sport Club do Recife, a luta é até o último minuto. Enquanto houver uma camisa Rubro-Negra em campo e meia dúzia de doentes na arquibancada, nada está perdido. E quem estava fazendo contas amalucadas para chegar ao G-8 já vê essa possibilidade bem mais concreta.

Do jogo contra os cearenses, pouco a falar. O time foi objetivo – coisa que não acontecia em muito tempo – e converteu as chances que criou. Sim, Alecsandro fez um gol, e isso é obrigação dele. Não vai mudar minha opinião sobre a vontade dele em defender o clube.

Nesta terça teremos o São Raimundo, um adversário que vem mal na competição. Não se pode dar bobeira e pensar que, tendo vencido um jogo fora contra um adversário difícil, nós vamos massacrar o time amazonense.

É preciso jogar com a mesma objetividade e lembrar que o que está em jogo são os três pontos mais importantes da vida do clube. Sim, pois uma vitória nossa, combinada a derrotas do 2° Time de Pernambuco, do Caxias e do Marília, já nos joga na oitava posição. E, caso a combinação de resultados não aconteça, ainda há cinco partidas a serem disputadas.

E a lição ficou clara para todos: o Sport não joga a toalha. Nunca.