Não podemos desistir

Por Adelmar Bittencourt*

Eu não vou aqui chorar pelo leite derramado. Se tratava de um clássico, contra um time melhor estruturado, e nessas circunstâncias não dá para ficar reclamando da derrota. O que me deixa chateado é que nessas horas vem à tona tudo aquilo que nós sabemos que existe, mas que as últimas vitórias fizeram questão de apagar, momentaneamente, da nossa memória: que o Sport é um time, não uma equipe. Que os dirigentes erraram ao montar o elenco, em algumas contratações, e nas lambanças com os treinadores.

Como bem frisou meu amigo Cabeção, em conversa via Graham Bell, um troço que começa errado tem pouquíssimas chances de terminar certo. É mais ou menos isso que acontece com o Sport hoje. Nós tentamos montar alicerces sobre um terreno pantanoso. Os jogadores tentam se superar na base da garra, mas nem sempre ela é suficiente.

O que não podemos é desistir. Ainda é possível sonhar com a vaga, então vamos lá. Que venha a próxima parada. Quem sabe a sorte não volta a nos sorrir. Até porque nós vamos precisar – e muito – dela a partir de agora.