Mais potência para o jovem Diego

Com 1m79 e 62kg, a mais nova promessa do futebol rubro-negro, Diego, podia não alcançar o horizonte dourado almejado por quem pratica o esporte bretão. Mas há 15 dias, exatos quinze dias depois que voltou a treinar entre os profissionais do Sport, veio a decisão do corpo de profissionais integrantes dos departamento de saúde do clube. A ordem: fazer um trabalho de reforço muscular no garoto, de 17 anos, uma ação integrada dos departamentos médico, nutricional, fisiológico e físico.
A iniciativa de dar um corpo com mais massa muscular a Diego agradou em cheio. Ele mesmo sentia falta de maior força, principalmente nas disputas de bola com zagueiros e volantes. “Não dá sempre para depender dos árbitros. Muitas vezes perdia a bola por causa de um empurrão mais forte, e o lance não era interpretado como falta”, explica o jogador, que chegou a passar no vestibular para o curso de Administração de Empresas, mas teve de trancar a matrícula por causa dos campos de futebol.

Nesta primeira etapa de ações, a intenção é que Diego ganhe quatro quilos de massa muscular – em 15 dias, engordou um quilo. Na segunda fase, ganhará mais três quilos, totalizando 69 kg. “Tem de ser por etapa para que minha estrutura óssea se comporte bem com a nova carga que terá de segurar. Por isso, só dá certo quando acontece aos poucos”, ensina o jogador, mostrando estar inteirado de todo processo.

A ‘dieta’ de Diego é um prazer para qualquer glutão de plantão. Ele está liberado para comer todo tipo de alimento, enfatizando sempre os ricos em carboidratos – macarrão, arroz e batata – e em proteínas (carnes). “Nunca tive problema de engordar. Acho que isso é de família”, diz. Somada à alimentação cotidiana, complementa a dieta com complexos vitamínicos e suplementos alimentares.

Certo é que, mesmo tendo engordado apenas um quilo, já sente os benefícios da nova estrutura corporal. “Já aumentou a minha força. Chego mais ‘junto’ nas jogadas e é mais difícil ser desequilibrado”, diz. Tudo isso, apenas no início do projeto. Diego já se imagina com uma massa acentuada, o que cria, até mesmo, um pouco de ansiedade. “É a vontade de atingir logo a meta”, afirma.

Há um ano e seis meses no Sport, Diego acha que, ganhando potência, pode até aparecer na equipe do Sport, no próximo ano. Qualidade, ele tem. Quem afirma é o técnico Heriberto da Cunha e o treinador dos juniores, Nereu Pinheiro.

Ele iniciou a carreira, ainda na infância, no futebol de salão, quando estudava no Colégio Boa Viagem. Na última competição que disputou pela escola, foi considerado o melhor do Estadual.

Não podia deixar de ser, entre os amigos da quadra, era chamado de ‘mago’, como toda pessoa com pouquíssima gordura e esguia que se preza. Não se irritava com o apelido, ao contrário, lembra com carinho da época em que era um amante da ‘bola pesada’ – como é conhecido o futsal.

No início do ano passado, tentou a sorte no Fluminense, no Rio de Janeiro, mas o clube carioca, na sua posição, contava com bons atletas, segundo conta.

“Vim para o Sport através do meu procurador, Ádson Gomes, e o professor Nereu me aceitou na equipe depois de um teste. No mesmo ano, fui campeão juvenil de futebol de campo”, conta.

Perto de encerrar a temporada, Diego sonha com uma dupla forjada na Ilha, ele e Leozinho – que está no Japão defendendo a seleção brasileira sub-20 –, no time titular do próximo ano, até para reeditar outras parcerias tão bem-sucedidas, como Juninho Pernambucano e Chiquinho, que deram alegrias ao torcedor leonino.

“O professor Nereu diz que temos futuro. Já escutei até ele falar para os dirigentes que o Sport está bem servido, no meio-de-campo, que não precisa se preocupar”, comenta, orgulhoso. “Mas tudo deve acontecer no tempo certo”, finaliza o atleta.