Heriberto esconderá o time até última hora

O técnico Heriberto da Cunha vai manter em segredo até momentos antes da partida a escalação do Sport para o clássico de amanhã, contra o Santa Cruz, na Ilha do Retiro, às 16h, pela Série B do Campeonato Brasileiro. O mistério é tamanho que o treinador resolveu realizar o coletivo na manhã de ontem, por saber que, geralmente, a imprensa cobre os trabalhos da tarde. Depois de muitos testes, em várias posições, deixou a dúvida no ar: Canela pode aparecer no meio-de-campo e Jean Carlos no ataque, no lugar de Alecsando, assim como formar uma linha de três atacantes – Ricardinho, Danilo Goiano e Robgol –, com apenas Nildo na criação das jogadas.

Perguntado se queria fazer o mesmo jogo do treinador do Santa Cruz, Roberval Davino, que também não escalou o time tricolor, ele saiu pela tangente. “A imprensa sabe que não é meu estilo esconder a escalação das minhas equipes. É que realmente estou em dúvida”, disse.

Uma boa novidade para Heriberto foi sem dúvida a recuperação física do lateral-esquerdo Julinho. O treinador gostou do que viu, embora reconheça não poder começar jogando com o ele, mesmo tendo Marcão improvisado no setor. “Não posso colocar um atleta que está há um mês sem jogar, numa partida desta envergadura”, explicou Heriberto.

Mas, com boas opções escondidas na manga, a preocupação de Heriberto parece mesmo ser com a chuva. O técnico chegou a poupar o campo da Ilha, ontem, por causa de uma fraca chuva. “O campo está muito saturado. Então, mesmo quando chove pouco, fica com as condições de jogo ruins”, analisa.

Heriberto mudou de campo, mas não cancelou o treino. Ao contrário, colocou os atletas para jogarem um animado ‘rachão’, até mesmo para o grupo se acostumar com o campo pesado e escorregadio.

Heriberto destaca que os rubro-negros terão muito trabalho com o atacante Carlinhos, em ótima fase. Mas não escalará ninguém em especial para marcar o ídolo coral. Para ele, todos os jogadores do Santa Cruz merecem atenção.

Em toda a sua carreira, o treinador leonino só enfrentou Davino em duas oportunidades, quando treinava o CRB e o técnico tricolor comandava o CSA. Pelas contas de Heriberto foram dois jogos entre os dois, dois empates. “O mais importante disso tudo é que, quando nos enfrentamos, são sempre jogos muito bons de se ver, e abertos”, encerrou o técnico leonino.