As mudanças vêm em boa hora

Por Adelmar Bittencourt*

As coisas mudam. Como eu já escrevi anteriormente, fui um defensor ardoroso da permanência de Jean Carlos e Robson (me recuso a chamá-lo pelo apelido que ele inventou) no time do Sport. Acreditava eu – e tinha motivos para isso – se tratar de duas peças importantes, o primeiro para imprimir mais criatividade ao meio-de-campo, e o segundo, por razões óbvias, para meter a bola para dentro do gol adversário.

Mas o mundo gira. Jean Carlos não agüenta dar dois piques de 10 metros em seqüência, e ainda se esconde quando o “bicho está pegando” dentro de campo, o que foi visto no jogo contra a 2ª Maior Equipe do Futebol Pernambucano. Já Robson, além de não fazer nada lá na frente, inventou de melar tudo lá atrás, dando de presente a bola que selou a vitória do 2° Time. Sim, perdemos com um gol que demos de bandeja. Bonito, não é?

É o momento deles saírem, sim. Ainda acho que são dois bons jogadores, mas não vêm acertando. Que cedam a vez para quem está melhor condicionado, física e tecnicamente. “Ei, mas quem vai entrar é Alecsandro e Azevedo!”, diria um torcedor mais esperto. Que seja. Quem sabe esses caras não endoidam o cabeção (não o meu amigo Cabeça) e dão novo ânimo ao time?

Ouvi dizer que o caldeirão lá no Ceará está fervendo. Os jogadores estão espumando com a diretoria por conta de salários atrasados. Mas não pensem que isso vai fazer a vida do Sport mais fácil na sexta-feira. Abrir é claro que eles não vão, até porque estão lutando pela vaga. O negócio é jogar no erro deles…e tentar não errar, coisa que a gente anda fazendo muito, e por conta disso, pagando um precinho salgado.

Ps: um lembrete aos que acreditam que, com uma mísera vitória pelo placar mínimo e com um gol dado de presente, vão roubar do Sport o incontestável título de PAPAI DA CIDADE. Que vocês – 2° e 3° times de Pernambuco – ganhem muitos outros clássicos nessa data, durante os próximos 30 anos, como fizemos nas 30 primaveras passadas. Aí sim, a gente passa a conversar. Um abraço.