Sport tem desembarque festivo

Saem de cena as vaias e os gritos de indignação, entram os aplausos e os brados de casá, casá, casá! Esse exemplo típico do que duas vitórias seguidas na Série B do Campeonato Brasileiro (contra o Fortaleza, 2×1, e diante do Londrina, 2×0) são capazes pôde ser conferido, ontem, quando do desembarque da delegação do Sport, no Aeroporto dos Guararapes, procedente do Paraná, com mais três pontos na bagagem.

Entre os jogadores rubro-negros, um em especial tinha motivos de sobra para comemorar. Afinal, foi com os dois gols de Ricardinho que o time da Ilha saiu da zona de rebaixamento da Série B, hoje figurando na 15ª posição, com 17 pontos.

O amuleto da sorte tinha outros motivos para comemorar. Além de ter coroado o seu trabalho em grande estilo, fazia mais de oito meses que não balançava as redes.

“Em Portugal, fiz dois gols numa partida, os dois anulados”, rememora ele, que por muito pouco não foi emprestado, pois estava fora dos planos do então técnico Luís Carlos Ferreira.

Na chegada de Heriberto, ficou sabendo que o novo treinador tinha pretensões maiores para ele, do que apenas colocá-lo em outro clube do Brasil.

Ricardinho revelou que, pouco antes do jogo contra o Londrina, perguntou, brincando, ao radialista da Rádio Jornal, José Silvério, como o repórter iria comemorar o gol que ele faria na partida. O atacante só não sabia que iria fazer dois tentos nos paranaenses.

Apesar de ter sido um dos mais assediados no saguão de desembarque Sul do aeroporto, o ‘The flash’ da Ilha dividiu os louros da vitória com toda equipe. Para ele, o grupo está coeso e, a cada partida, sabe ainda mais o que quer.

Um exemplo do que diz Ricardinho foi reiterado pelo volante Élder. Segundo o atleta, não é porque o Sport venceu a segunda consecutiva que o elenco pensa estar com um pé entre os classificados. “Está muito claro para nós que precisamos nos distanciar do grupo dos rebaixáveis. Não podemos achar que está bom. Ainda estamos em busca de um maior conjunto”, argumentou.