Feliz, mas com os pés no chão

Alívio. Alegria. Sentimento de dever cumprido. Essas são algumas palavras que podem descrever o desembarque dos jogadores do Sport, ontem à tarde, no Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre, após vencer o Londrina por 2×0, terça-feira, em Londrina. Com o resultado, o Leão chegou à 15ª colocação, com 17 pontos. Na chegada ao Recife, o mais festejado pelo pequeno grupo de torcedores que compareceu ao aeroporto foi o atacante Ricardinho. Ele entrou no segundo tempo e marcou os dois gols da vitória leonina.

“Estou trabalhando forte para agarrar a oportunidade quando ela aparecer. Fui feliz no jogo, consegui fazer os dois gols da vitória, mas temos que colocar os pés no chão. Não podemos pensar que já está bom e relaxar”, disse Ricardinho. E fazia tempo que o atacante rubro-negro não comemorava um golzinho sequer. “A última vez que marquei faz uns seis ou oito meses, não me lembro bem. Mas foi jogando pelo Sport. Quando estava em Portugal, fiz dois gols, mas o juiz anulou”, disse. A última vez que fez dois gols, então, foi contra o Santa Cruz, ano passado.

Outro que também estava bastante feliz era o meia Canela. Mais uma vez ele entrou no segundo tempo e deu outra dinânima ao time. “Fico feliz por estar correspondendo às expectativas. Nosso grupo está se entrosando e os bons resultados vão aparecer naturalmente. Com isso, a confiança aumenta e desenvolvemos melhor o nosso trabalho. Temos que continuar trabalhando e buscando corrigir os erros que ainda apresentamos”, disse.

O volante Élder acredita que a confiança está de volta à Ilha do Retiro. “Ainda temos o que melhorar, mas já estamos mais tranqüilos. Com isso, a tendência é que as vitórias saiam mais naturalmente”, disse. “Nosso jogo está fluindo mais fácil porque o time está com um ânimo melhor”, completou.

O técnico Heriberto da Cunha manteve o discurso dos jogadores sobre manter os pés no chão.

“Os jogadores estão querendo, com espírito de competição. Mas temos que trabalhar para melhorar”, afirmou. Ele falou que a maior preocupação no momento é o lado esquerdo do time. “Nossa maior dificuldade é o lado esquerdo. Tive que improvisar um jogador na lateral (Marcão), e isso não é bom. Precisamos de um jogador na meia-esquerda. Não temos esse atleta, e quem está entrando está se dedicando ao máximo”, disse.