Adrianinha volta para a seleção em grande estilo leva Brasil para vaga no mundial

Se há pouco mais de um ano, Adrianinha anunciava a sua despedida da seleção brasileira, após 15 anos dedicados ao país, após uma campanha frustrante nos Jogos de Londres, hoje, ela percebe que decisão, tomada no calor da emoção, foi precipitada. No seu retorno à amarelinha, a jogadora rubro-negra brilhou na conquista da medalha de bronze na Copa América, na cidade mexicana de Xalapa, sendo uma das grandes protagonistas pela vaga no Mundial da Turquia, no ano que vem. Sem a presença da pivô Érika (também do Sport), que pediu dispensa para defender o Atlanta Dream nos playoffs da WNBA e é considerada uma das melhores jogadoras do mundo, Adrianinha tornou-se referência em um elenco renovado e jovem, com média de idade de 24 anos. Em boa fase, a paulista de Franca encerrou a sua participação com chave de ouro. No saldo positivo, foram 62 pontos, 15 rebotes, 19 tocos e 29 assistências.

– Estou muito feliz pela conquista da vaga no Mundial, era o nosso principal objetivo. É difícil falar se vou estar no grupo que vai à Turquia, mas é sempre um orgulho muito grande defender a seleção brasileira. Se eu puder ajudar e o técnico precisar, estarei disponível. Sempre brinco que a vida é um eterno aprendizado. Foi muito bom ter essa oportunidade de contribuir e ajudar as jogadoras do grupo – contou Adrianinha, que anotou 11 pontos, três rebotes e três assistências na disputa pelo terceiro lugar, na qual o Brasil superou a seleção de Porto Rico pela segunda vez no torneio continental.

“O Brasil está em um processo de renovação e eu espero que o Zanon e as meninas tenham tempo de realizar esse trabalho. É preciso ter continuidade. O resultado não sairá hoje e nem amanhã, mas estamos no caminho certo. O basquete precisa se reerguer. Quando eu comecei, peguei a época de Paula e Hortência, os jogos eram passados em canal aberto e havia uma cultura maior do basquete. A minha esperança, hoje, é que tenham mais campeonatos ou, pelo menos, uma liga com mais equipes. O Brasil tem muitos talentos a serem descobertos. É preciso espalhar o esporte para outros lugares, não pode ficar concentrado em São Paulo – avaliou a atleta, que voltou ao país após 12 anos, e sagrou-se campeã da Liga de Basquete Feminino (LBF) pelo Sport na última temporada.

Redação MeuSport
Com informações do Globo.com