Leão sofre gol no fim e fica no empate diante do Ypiranga

NE10

O Sport pagou caro pelas chances desperdiçadas e o Ypiranga foi recompensado pela ousadia na reta final do jogo. Esses ingredientes refletiram-se no placar de 2×2 estampado no Otávio Limeira, em Santa Cruz do Capibaribe, neste domingo (24), em jogo válido pela oitava rodada do Campeonato Pernambucano Coca-Cola.

Sob um calor de mais de 40 graus, o Sport iniciou o jogo de maneira até ousada para um clima tão severo. A marcação foi forte e no campo de ataque. O Ypiranga acusou o golpe e teve enorme dificuldade na saída de jogo. A empreitada dos leoninos só não foi perfeita porque faltou mais capricho tanto no passe final quanto na finalização – esta, quando o passe final saía corretamente.

A primeira chance foi logo aos três minutos, quando Fábio Bahia apareceu pelo lado direito da área e chutou em cima de Egon. Na sequência, Felipe Azevedo aproveitou-se da insistência de Hugo para chutar rasteiro e Jaílson defender em dois tempos.

Depois disso, o time da Ilha passou a explorar bem os dois lados do campo com Hugo e Reinaldo pela esquerda e Cicinho tendo o apoio de Felipe Azevedo pela direita. O problema é que os cruzamentos não chegavam ao destino correto. De seu lado, a Máquina de Costura atacou apenas esporadicamente e sem levar grande perigo para o gol de Magrão.

Aos 24 e 26, duas jogadas bem construídas por pouco não terminaram em gol. Na primeira, Roger chutou prensado e Hugo aproveitou o rebote, de cabeça. Egon afastou e impediu o gol. Mas duas questões. O camisa 80 do Sport estava impedido na jogada e na sequência, o goleiro Jaílson cometeu pênalti. Dois minutos depois, Cicinho cruzou da direita e Roger completou para o gol. A bola já passara pelo goleiro quando Carlão apareceu a poucos centímetros da linha fatal e fazer o corte.

O Sport tinha mais posse de bola, presença ofensiva e finalizações. Mas sabem quem marcou o primeiro gol? O Ypiranga. E que gol. Aos 31 minutos, Jonathan avançou pela esquerda e todo mundo esperava que ele cruzasse, inclusive os dois atacantes que fechavam na área. Mas ele mandou uma bomba, com efeito, e não deu qualquer chance para Magrão defender.

Depois do gol, o panorama voltou a ser o mesmo com o time visitante dominando amplamente – mas pecando muito na finalização – e os mandantes apenas tentando se defender. Teve bola na trave e outras duas grandes chances desperdiçadas por Reinaldo e Hugo.

O Sport voltou para o segundo tempo sem a mesma força na marcação, o que era compreensível após o esforço maior sob o sol escaldante. O técnico Sérgio Guedes aproveitou para injetar sangue novo com Lucas LIma e Érico Júnior nos lugares de Hugo e Rithely, respectivamente.

Eles entraram aos sete minutos. Exatamente sete minutos depois as mudanças se materializaram em gol. No contra-ataque, Cicinho acionou Lucas Lima. Ele tocou para Érico Júnior no lado esquerdo da área. O prata da casa ajeitou e cruzou na medida para Roger tocar por baixo de Jaílson e deixar o jogo igual: 1×1.

O gol – e a nova disposição do time rubro-negro – fizeram com que o Ypiranga arrefecesse o ímpeto. O jogo voltou ao ritmo do primeiro tempo com a equipe da Capital dominando as ações, sempre utilizando Érico Júnior pela faixa esquerda do campo. Numa delas, aos 21, ele puxou para o meio e sofreu falta perto da meia-lua. Na cobrança, Reinaldo mandou a bola no travessão.

Na segunda tentativa, o Sport voltou a mostrar a eficiência não vista no primeiro tempo. Aos 27, Reinaldo cruzou da esquerda. Roger dominou e rolou para a entrada da pequena área. Felipe Azevedo veio em velocidade e mandou firme para decretar a virada.

O jogo parecia morno e caminhar para a vitória dos rubro-negros. Mas a insistência do Ypiranga na reta final, aliada a ousadia do técnico Édson Miolo – que deixou o time mais ofensivo – mudaram a história. Aos 43 minutos, Diogo bateu falta da direita e no bate-rebate, Elivélton, mesmo caindo, chutou no canto alto e deixou tudo igual novamente.

Ficha do jogo:

Ypiranga: Jailson; Diogo, Carlão, Egon e Danilo; Jeferson Piauí, Dácio, Jonathan (Elivélton) e Marcinho (Paulinho); Danúbio e Paulo Krauss (Carlinhos Gravatá). Técnico: Edson Miolo.

Sport: Magrão; Cicinho, Gabriel, Maurício e Reinaldo; Tobi, Rithely (Érico Jr.), Fábio Bahia e Hugo (Lucas Lima); Felipe Azevedo (Mateus Lima) e Roger. Técnico: Sérgio Guedes.

Local: Otávio Limeira (Santa Cruz do Capibaribe). Árbitro: Emerson Sobral (PE). Assistentes: Clóvis Amaral e Wilton Lins (ambos de PE). Gols: Jonathan, aos 31 do primeiro tempo. Roger, aos 14; Felipe Azevedo, aos 27; e Elivélton, aos 43 do segundo. Cartões amarelos: Dácio, Jefferson Piauí, Maurício, Roger, Cicinho, Mateus Lima, Rithely e Hugo.