VÔLEI – ‘Não gosto de perder!’

O meuSport.com conversou com Adalberto Nóbrega, técnico da equipe feminina adulta de vôlei do Sport Club do Recife, único representante do Norde/Nordeste na Superliga, principal competição nacional da modalidade.

Sobre os quatro primeiros jogos, Adalberto Nóbrega lamentou as derrotas, mas comentou que as meninas estão suando muito e se dedicando ao máximo para conquistar a tão esperada primeira vitória. “Precisamos melhorar a recepção, mas já estamos trabalhando nisso. Nosso time precisa também ter mais volume de jogo, pois começamos bem o set e depois não conseguimos manter a vantagem. Isso é melhorado com freqüência de jogos, não com treinos, como nossa quantidade de jogos por ano é baixa acabamos sofrendo um pouco mais nesse ponto.”

O técnico acredita que a equipe está evoluindo e afirma que as atletas sabem da responsabilidade que elas têm de representar o estado e a região, além de defender as cores do Sport. “Hoje (ontem) em nossa reunião eu disse a elas que estava sentindo falta do brilho no olhar e elas me deram uma resposta muito positiva. Acredito que a postura da equipe vai mudar daqui pra frente.”

Adalberto tem vínculo com o Leão até o fim da Superliga 2008/2009 e apesar de não saber como será o seu futuro no clube, demonstrou interesse em dar continuidade ao projeto rubro-negro. “Eu não sei de futuro, depende da diretoria querer o meu trabalho aqui. Estou me empenhando muito nessa Superliga, me esforçando bastante. Não gosto de perder de forma alguma. Nesse grupo todo ninguém quer ganhar mais que eu. Podem até querer ganhar igual, mais que eu, não!” 

Em relação à torcida, Adalberto acha ótima a participação, entende que ela age com a paixão, mas pede paciência. “A torcida do Sport é maravilhosa. Mas é torcida acostumada com o futebol, às vezes não entende as dificuldades encontradas dentro do vôlei. È importante apoiar o tempo todo sim. O torcedor até pode ficar chateado, afinal ele não veio pra ver o time perdendo. Não xingando a minha mãe, nem partindo pra violência, isto não é direito dele. Mas a torcida ajuda muito apoiando. Um exemplo disso foi no jogo contra o Pinheiros, senti que elas (as jogadoras do Pinheiros) sentiram a pressão. Inclusive, havia uma torcida naquele lugar ali (apontou para o lado oposto da entrada, do lado direito, onde a Brava Ilha se posiciona) que gritou muito, foi bonito.”

Sobre as duas jogadoras novas que vieram do Finasa (SP) como reforços (Flávia e Isadora), o técnico comentou que são duas boas jogadoras, que vieram para ajudar muito, mas não podem e nem vão ter a missão de resolver os jogos. “Não posso colocar essa responsabilidade toda em duas jogadoras tão novas. Elas têm uma cabeça muito boa, mas são juvenis. A responsabilidade tem que ficar em cima das jogadoras adultas, e todas sabem disso.”

João de Oliveira
Redação meuSport.com