Tudo errado, de novo!

Mais uma vez ao final da partida o torcedor leonino ficou com a impressão de que está tudo errado. Aliás, ontem esta sensação foi ainda pior, afinal, pela segunda vez no ano o Sport foi derrotado em casa (a primeira foi para o Central, durante o PE2006) e novamente para um time inferior tecnicamente.

Dorival Júnior erra feio ao não abrir mão de um esquema defensivo e ao não montar o banco de reservas com peças que lhe possibilite variações táticas significativas no decorrer da partida. Ontem, por exemplo, ele repetiu os mesmos 18 jogadores utilizados contra o Marília/SP, mantendo os 11 titulares e as opções de banco. Ou seja, optou por permanecer no erro da terça-feira, quando o Sport foi facilmente paradado pelo time paulista.

Tínhamos uma fartura de volantes, mas não havia um único meia-armador em campo. Hamílton joga como terceiro zagueiro, Rodriguinho e Welington protegem a defesa (ou pelo menos deveriam fazer isso) e Heider, uma jovem promessa das categorias de base, recebeu a responsabilidade de ser este meia de ligação. O problema é que Heider é segundo volante e não meia de armação. Nos juniores ele faz este papel por que sobra qualidade técnica ao garoto, porém, num Brasileirão profissional, esperar que ele leve o time a frente é pedir demais (pelo menos por enquanto, pois é um jovem do futuro e que precisa ser trabalhado). No banco, Éverton e Michel (dois volantes) eram as opções para o meio-campo do Leão.

Muitos dirão que terminamos o jogo com quatro atacantes, logo, um time ofensivo. Porém, isto não é verdade. Dorival recuou Fumagalli e Marco Antonio, adiantando Maia e Anderson e mantendo o ‘ferrolho’ atrás. O fato é que nos últimos dez minutos de jogo, quando se esperava uma forte pressão rubro-negra em busca do empate, vimos o adversário avançar, tocar a bola e levar perigo, enquanto o Sport não conseguia se desvincular da marcação e não demonstrava força suficiente para sequer assustar o CRB/AL.