Tacão entrega programação de 2006

O Sport espera apenas o aval do novo treinador para fechar a contratação do preparador físico Márcio Correia, que trabalhou no Grêmio durante seis anos. Mas, independente da vinda deste profissional, o pessoal da casa não perde tempo. Ontem, o preparador físico Edvaldo Tacão entregou à diretoria rubro-negra o planejamento científico, confeccionado com o apoio do fisiologista Inaldo Freire, para nortear os trabalhos de condicionamento do elenco até abril do ano que vem.

A preparação já começa na próxima segunda-feira, data marcada para a reapresentação do elenco. Neste primeiro dia, entretanto, ninguém precisará suar a camisa. Os jogadores vão passar por uma avaliação de composição corporal, que envolve a aferição do percentual de gordura e das medidas da circunferência dos membros superiores e inferiores. Tacão espera encontrar Magrão, Baggio, Léo Oliveira, Leanderson, Marco Antônio, Possato e Jadílson com, no máximo, 12% de gordura.

A partir do segundo dia, os preparadores vão intercalar alguns expedientes de exercícios físicos com outros de trabalhos técnicos. “É importante trazer uma certa dinâmica para o dia-a-dia dos atletas. Vamos procurar estar sempre mudando o ambiente de trabalho. Algumas vezes vamos para a academia, outras para a praia ou, ainda, para a quadra. Não podemos deixar a monotonia tomar conta do ambiente. Mas, independente do lugar, a carga será moderada”, explicou Tacão.

Uma nova etapa começará em dezembro, quando, espera-se, o Sport já esteja praticamente com o elenco fechado para a próxima temporada. Neste momento, os atletas vão passar pelos testes tradicionais de velocidade com a utilização de fotocélulas, de lactato – mede a resistência aeróbia -, de flexibilidade, de agilidade e de saltos. “Vamos intensificar os exercícios para que os jogadores cheguem ao Pernambucano, no início de janeiro, em boas condições de jogo. É o momento da pré-temporada”, afirmou o preparador rubro-negro.

Com a competição em andamento, os exercícios passam a ser individualizados. As especificidades de cada posição exigem trabalhos distintos. Volantes e laterais, por exemplo, buscam uma maior resistência para agüentar uma verdadeira maratona durante os 90 minutos das partidas. São eles os mais sacrificados no quesito quilometragem. Já os atacantes necessitam de uma maior explosão e velocidade. “Desta forma, a gente faz a manutenção do condicionamento físico e dá ao atleta subsídios para que desempenhe melhor o sua função em campo, independente do esquema tático adotado pelo técnico”, finalizou Tacão.