FPF e clubes promovem ‘apartheid’

Na tentativa de preservar os jogadores da região, o Conselho Arbitral que definiu a fórmula de disputa do Campeonato Pernambucano 2006 impôs uma espécie de apartheid no futebol pernambucano. Os clubes estão obrigados a inscrever, em cada jogo, seis atletas das divisões de base, ou que sejam nascidos nas regiões Norte e Nordeste, ou que pelo menos estejam jogando há dois anos nelas.

A discriminação foi sugerida pelo Santa Cruz, tendo sido imediatamente acolhida pela Federação Pernambucana de Futebol. Apenas Sport e Vitória foram contrários.

Outra mudança no regulamento do Pernambucano 2006, em relação ao da competição deste ano, refere-se aos critérios de desempate nas finais da competição. A FPF acabou com o peso dos gols nas finais. Se uma equipe golear o adversário no jogo de ida, mas perder a partida de volta por apenas um gol de diferença, não será proclamada campeã. A decisão vai para os pênaltis. Todos os de clubes aprovaram a sugestão.

“Decisão é melhor dentro de campo. Se um time fizer muitos gols no primeiro jogo, tira a graça da outra partida”, defendeu o presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira.

A entidade afirmou que na próxima semana divulga a tabela completa do Estadual, que começa no dia 8 de janeiro e termina em 9 de abril. O Náutico tentou adiar o início para o dia 11, mas foi voto vencido.

Segundo o diretor-técnico da Federação, João Caixero, a primeira rodada deve ser: Salgueiro x Santa Cruz, Central x Náutico, Sport x Estudantes, Serrano x Porto e Ypiranga x Vitória. A ordem pode mudar.