Basquete – Reforços já treinam com o grupo

O Sport reforçou com cinco atletas sua equipe feminina de basquete visando à disputa do Campeonato Brasileiro. Já treinam na Ilha a lateral Tayara, vice-campeã da Copa América pela seleção brasileira, Karem (ala) e Geisa (pivô), ambas ex-integrantes da seleção, Nathália (ala), campeã pela seleção brasileira juvenil, e Josiane (armadora), que já defendeu o Leão em 2000. Todas vieram de Ribeirão Preto, como vice-campeãs paulistas.

O diretor de esportes amadores do clube, Aloysio Monteiro, adianta que as contratações fazem parte de um projeto maior do Sport, que é incentivar o amadorismo. Aloysio disse que pesou na escolha das atletas o fato de já terem experiência em competições de alto nível, algumas na seleção brasileira. “O Sport não vive só de futebol, o amadorismo precisa disso” salienta.

Incubida pela comissão técnica de ser o elo entre as novatas e as jogadoras que já atuam aqui, Josiane não viu problema em cumprir a missão. A atleta frisou que todas foram muito bem recebidas no Recife e definiu o motivo de sua volta à cidade, com uma frase: “Amor pelo Sport”.

Acostumadas a jogar apenas em clubes de São Paulo as atletas nunca atuaram tão longe de casa. Apesar de só estarem há uma semana na cidade, elas já demonstram saudades da família. “Nossa, é muito grande. Morro de saudades do meu marido e da minha irmã. Nessa vida de jogadora a gente acaba aprendendo a lidar com essas situações. Ainda bem que existe telefone e internet, viva a tecnologia!”, exalta Geisa. Mas se depender das jogadoras pernambucanas e da comissão técnica rubro-negra, essa saudade será abrandada. “São todos muito acolhedores, eles nos dão todo o apoio, fazem de tudo para nos sentirmos bem”, lembra a ala Karem.

Todas cinco foram unânimes em elogiar a beleza do Recife. “A cidade é maravilhosa, eu sou suspeita para falar”, reconhece Josiane. “O povo do Nordeste é muito receptivo, estamos nos sentindo em casa. Recife é uma cidade aconchegante. No curto tempo em que estou aqui já deu para aproveitar. Sábado fomos à praia de Boa viagem. Também estou aprendendo muito sobre a cultura daqui, mesclando com a que eu adquiri na minha cidade. É uma troca muito importante”, afirma Nathália.

A ala também ressaltou a importância de serem descentralizados os pólos do basquete profissional brasileiro, concentrado sobretudo em São Paulo. “A iniciativa de Pernambuco deve ser tomada como referência pelos demais Estados. O intercâmbio de jogadoras é muito bom, mostra que o basquete não se resume apenas ao Sul. Nosso País é cheio de talentos que estão aí para serem descobertos”, analisa Nathália. O técnico da equipe, Roberto Dornelas, comunga da mesma opinião, mas com algumas ressalvas. “O masculino já está despolarizado, é importante essa descentralização no feminino também. Apesar de lento, esse processo já foi iniciado e essas medidas impedem que muitas atletas deixem o País atrás de oportunidades”, explica.

Previsto para começar em outubro, o Brasileiro conta com dez equipes. O único representante do Norte e do Nordeste é o Sport. O Estado de São Paulo tem com seis times: Ourinhos – atual campeão brasileiro e tetra paulista, Santo André, São Caetano, São Bernardo, Guarulhos e Marília. De Santa Catarina participa Joinvile. Os cariocas estão representados pelo Tijuca. O décimo participante ainda não está confirmado, só se sabe que vem de Goiás. A preparação para o Nacional está intensa. O técnico Roberto Dornelas vem mesclando treinos táticos com preparação física.