Sílvio Criciúma – Xerife leonino dá adeus

E o xerife se vai. Após quase dois anos, o zagueiro Sílvio Criciúma, 33 anos, um dos maiores ídolos da história recente do Sport, recebeu, na última semana, a notícia da direção de futebol de que não interessava mais ao clube. Foi uma ducha de água fria nas pretensões do atleta, que, assim como os novos contratados – Leo Oliveira, Romildo, Doriva e Reinaldo Aleluia –, sonhava em participar do time que representará o Sport no ano do seu centenário. Desde quando chegou ao clube, em 2003, Sílvio foi campeão pernambucano na sua primeira temporada, atuou nas finais da Série B, também no ano passado, e esteve no elenco de 2004, que tanto desgosto causou à torcida rubro-negra.

Acostumado ao vaivém do futebol, ele diz que sentirá saudades do calor da torcida. Criciúma jogou no Atlético/PR, no Goiás, e na Portuguesa. Mas não esconde que, no Recife, teve o contato com a torcida mais calorosa de todos os clubes que defendeu. “O torcedor do Sport é muito animado. Empolga o time. Eu sou reconhecido nas ruas e isso me deixa feliz”, comenta.

Mais do que isso, Criciúma tinha uma vida social na cidade, com amigos fora do futebol. “Minhas filhas estão muito adaptadas aqui também”, revela.

A dispensa do zagueiro, que continua treinando na Ilha do Retiro, até o fim do seu contrato, no próximo dia 31, pegou de surpresa a torcida. Em nenhum momento, Criciúma foi chamado para negociar um novo salário. Segundo ele, os diretores de futebol, Ricardo Brito e Otávio Coutinho, apenas informaram que não iriam renovar o seu contrato por causa do seu salário, considerado alto.

“Não fui eu quem quis sair. Ao menos chegassem para mim e fizessem uma proposta para diminuir meus vencimentos. Só informaram que eu não ia ter o contrato prorrogado”, explica.

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