‘Fui alvo de muito preconceito’

O produtor cultural Alfredo Bertini se lançou pré-candidato à presidência executiva do Sport, mas não levou a campanha adiante. Ele não concordou com a maneira como a eleição está sendo conduzida e considerou que sofreu preconceito, pois não teria o perfil para assumir o Leão. “Fui alvo de muito preconceito. Como se quem trabalha com cinema não tivesse capacidade de gerir um clube de futebol. Os dirigentes atuais preferem o modelo ultrapassado. Eles acham que não tenho experiência”, reclamou.

Bertini disse que consegue traçar um paralelo entre a montagem de um filme e a administração de um time. “Nada melhor do que um produtor para saber como correr atrás e fazer as idéias acontecerem. Um filme não deixa nada a desejar ao futebol. É preciso espírito de equipe, entender cada setor e buscar resultado com qualidade”, comentou.

O rubro-negro acredita que pode cuidar de um clube porque tem o perfil empresarial e trabalha com marketing. “Já fui presidente de Suape. Aprendi a lidar com investimento. Não teria dificuldade para tratar de articulações. Reuno condições econômicas e políticas”, observou. “Além do mais, tenho vivência no futebol. Tenho amigos em vários clubes do país e conheço muitos técnicos”, completou.

Alfredo Bertini continuou na defesa. “Sei de histórias que os meus opositores nem imaginam que conheço. Sei quanto a televisão investe no Sport. Sentar para negociar com a TV seria a coisa mais fácil do mundo”.

Ele, no entanto, não ficou apenas na retaguarda. “(Luciano) Bivar quer dar um pulo maior do que as pernas. Ele fala em S/A antes de organizar o clube. É preciso fazer a torcida participar e flexibilizar e modernizar o estatuto”.