Clécio não guarda rancor de Vinícius

Ao ouvir pela primeira vez que o atacante Vinícius poderia ser contratado pelo Sport, no início do ano, um filme passou pela cabeça do zagueiro Clécio. E o seu final estava muito longe de ser feliz. No dia 9 de novembro de 2002, no jogo contra o Fortaleza, na Ilha do Retiro, pela Série B do Brasileiro, Vinícius entrou violentamente no rubro-negro, fraturando o perônio do tornozelo direito do atleta. Resultado: o defensor, até então considerado o melhor da posição, no campeonato, amargou mais de seis meses de recuperação. Clécio se diz acostumado a essas especulações. Afinal, por mais de três vezes, este ano, surgiram boatos colocando Vinícius no Sport. Desta vez, todavia, o que era mentira pode se transformar em realidade. O atacante está com um pé na Ilha.

Depois de mais de dois anos, Clécio garante não guardar mágoas. Não quer o centroavante como amigo, mas reconhece ser apenas uma empregado do Sport, que não possui poder de veto sobre qualquer aquisição. “Se ele vier para ajudar o Sport a vencer o Pernambucano e subir para a Primeira Divisão, então será uma boa contratação”, pondera.

O zagueiro só não esquece que estava num momento maravilhoso na carreira, e com apenas 20 anos. Em 23 jogos do Sport, ficou de fora de um, porque tomou o terceiro cartão amarelo. “Ele prejudicou minha carreira. Eu tinha até propostas boas para sair do Sport. Mas a vida segue, e, agora, só falta um bom número de partidas seguidas para que volte àquela forma”, diz.

Clécio fala sobre seqüência de trabalho porque, este ano, entrou esporadicamente nas equipes do leão que disputaram a temporada. Ou seja: não adquiriu o ritmo desejado, mostrando em campo, em alguns momentos, desconfiança exagerada. “Falta pouco para voltar ao que era”, diz.